sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Médicos

       A opinião mostrada se refere à minha experiência pessoal com os médicos que me atenderam ao longo de minha vida e diz respeito não a todos os médicos, mas certamente à sua esmagadora maioria.

     Fomos condicionados, desde a mais tenra idade, a mencionar os médicos com um respeito desproporcional a seu verdadeiro merecimento. Afinal, o que são?  Almas benevolentes que dedicam a vida a salvar outras vidas. Onde? Quando? Quem disse? É verdade que há médicos dedicados, ou deve ser, pois existem pessoas dedicadas em qualquer área.
      Analise.
      Os médicos são, via de regra, apenas pessoas que escolheram ser médicas, normalmente de olho no ótimo nível financeiro e social daqueles que os precedem na profissão.
     Os que escolhem e conseguem passar na seleção, são quase sempre filhos de famílias abastadas, de boa posição financeira. A boa condição financeira é necessária pois o curso é muito caro. Existem cursos de medicina gratuitos, mas quem consegue uma das vagas? Quem pode pagar um bom e caro curso pré vestibular. Mais uma vez o dinheiro.
     A boa condição financeira de origem dos estudantes de medicina traz consigo uma boa condição social, afinal as portas se abrem para quem é rico.
     Durante o curso são comuns, e famosas,  as festas dos cursos de medicina, frequentadas por todos os estudantes. Tais festas são famosas por seus excessos, principalmente de bebidas e outras drogas cada vez mais comuns.
     Formados, os frequentadores das festas alcoólicas se transformam imediatamente em senhores respeitabilíssimos cujas opiniões tornam-se muito relevante na vida de todos.
     Já formados os médicos atendem em hospitais, atendem mal, muito mal. Mal olham nos olhos dos clientes e afinal pouco sabem de sua profissão já que acabarem de se formar.
     Analise. Ao longo de todos os anos em que você e eu estivemos nos bancos escolares, quantos colegas foram nota dez? Ok. Quantos foram nota oito? Pois é... a maioria era nota sete? Seis? O mesmo se dá ao longo do curso de medicina. Então quando você se sentir tentado a tratar o "doutor" com excelência lembre-se de que provavelmente ele é apenas sessenta por cento "doutor", sessenta por cento médico, sessenta por cento cardiologista, dermatologista ou pneumologista.
      Não proponho aqui uma revolta contra os médicos, apenas que sejam tratados como qualquer outro profissional, seja ele pedreiro, garçom, costureiro ou outro qualquer.
      Talvez, quando o médico perceber em nossos olhos o olhar comum de quem olha um igual, irá nos respeitar como merecemos e não como a um inferior.